fico abobada em ver como as pessoas se queixam sem tentar mudar o status quo....queixam-se de falta de amor....mas não se amam, como alguém poderia amá-las? queixam-se da vida, mas deixam a vida passar em frente à tela de um computador....não sabem se o céu está azul, se tem nuvens, se a rua da casa tem buracos no asfalto, se a casa, a vida e a família necessitam de algo, claro que não tenho nada a ver como as pessoas vivem, cada um faz da sua vida o que lhe convém, mas não entendo! não entendo como conseguem ficar 24hs conectada à rede, e não lembram que a vida ta aí pra ser vivida-desfrutada-sorvida até a última gota....não andam, não pensam, não lutam e muito menos tentam. Não gosto muito daquele tipo de pessoa que faz do pronome pessoal “ eu “ sua eterna companhia, eu isso, eu aquilo, eu tenho, eu fiz, eu vou....acho que quem é não precisa fazer propaganda...e tenho muita dó de quem não percebe que a vida real espera lá fora, e que temos que a encarar, bater de frente e não fugir pra irrealidade da vida virtual...pronto falei!
Se vira, meu bem! Minhoca anda e nem tem perna!
“A paciência sempre foi o meu ponto forte! Aliás, o meu ponto mais forte! Entretanto, tem uma coisinha que anda tirando o meu estado perene de paz: gente que se faz de coitadinha!
Parece haver um surto de vítimas do destino e há uma outra proliferação endêmica de textos na web, escritos para alimentar nas pessoas essa sensação de ser um eterno perdedor.
O discurso é variado, mas se bater tudo junto num liquidificador, não rende um copo americano de suco ralo. Pode acreditar!
As queixas são sempre baseadas num ponto de vista de pobre coitado e na existência de um suposto carrasco – ou carrasca, a depender do caso -, sempre pronto para esfolar a pessoinha.
E nem é naquele modelo lá do filme famoso, daquela cor sem graça que supostamente tem vários tons… nana nina não! É um “chororô” sem fim mesmo, por tudo, por nada, por qualquer coisa.
Tem gente que chega à perfeição de nunca começar uma frase sem a presença de um “ai!”. “Ai, eu estou cansado!”; “Ai, eu não tenho nenhum mozão!”; “Ai, eu ganho mal!”; “Ai, as mulheres são mesmo interesseiras!”; “Ai, homem é tudo igual!”; “Ai, o cara não liga depois do encontro!”; “Ai, como eu sou sem sorte na vida!”; “Ai, nenhuma roupa me serve!”.
E por aí vai… uma ladainha chata e sem serventia nenhuma! Enquanto gasta tempo se lamentando da má sorte, e da vida difícil, e nhem nhem nhem… a pessoa perde um monte de oportunidades de virar o disco, mudar o falatório e quem sabe, dar até um sorrisinho de prazer efêmero.
Eu tenho uma amiga, cuja vida nunca foi moleza. A garota sempre trabalhou para se sustentar, desde muito nova; nunca dependeu de pai, mãe ou companheiros para arcar com sua sobrevivência. Criou uma filha, praticamente sozinha, com formação acadêmica impecável,
inclusive. Acorda antes das cinco da manhã, pega três conduções para ir e mais três para voltar do trabalho, faz artesanato para ganhar um dinheiro a mais, faz hidroginástica e ainda acha tempo para ter fé na vida futura, abençoar o presente e ignorar o passado. É uma amiga para todas as horas, seja um petisquinho no boteco ou uma encrenca sem precedentes, nunca me deixou na mão! E é linda, inteligente e cheirosa!
O que difere um perdedor de uma pessoa disposta a ser feliz?! Não é o berço de ouro, porque tem muita gente bem-nascida que só chora a própria sorte. Não é nenhuma estrela na testa, porque coisas ruins acontecem com todo mundo. A diferença está na coragem de levantar depois de tombos ou maravilhosos gozos. Gente que vive choramingando não tem tempo de ser feliz! Pronto, falei!”
Ana Macarini
beijos e carinho, bell