Pessoas perversas têm como uma de suas técnicas favoritas provocar seus alvos até que se desequilibrem. Ao desequilibrar um alvo, fazendo com que perca o controle diante de todos, pessoas perversas fazem com que aqueles que estão ao redor pensem que o problema está naquele que “perdeu a linha”.
Jogam com maestria uma isca, causam um tumulto tremendo e saem do ambiente enquanto a coisa toda vira um verdadeiro caos. No momento seguinte o alvo se vê pedindo desculpas por uma situação absurda que não causou em primeiro lugar, mas que todos parecem crer que foi obra sua.
Se você é alguém que com frequência se vê provocado por alguém dissimulado e perverso, passando a ser visto como a pessoa problemática dos ambientes, talvez essas palavras de J. C. Alarcon e Nilsa Alarcon sejam para você:
“Preserve a sua paz, mantendo uma prudente distância emocional de pessoa que usa as palavras para trocar farpas, alfinetar e colocar você para baixo, como se ela fosse o máximo, e você, o mínimo. Nunca alfinete de volta. Prefira o silêncio. Ou então, fique bem longe. Se não puder ficar longe, construa a sua retirada, mas nunca se submeta a uma pessoa desequilibrada.
A paz interior e o poder que ela acrescenta em sua vida parte da atitude firme em se desviar de tudo que incomoda a sua Alma. Está na hora de ser feliz e escolher melhor quem você quer no seu caminho. ”
É isso mesmo.
Pessoas perversas narcisistas odeiam ser ignoradas; colocadas no “modo mudo”. A indiferença e silêncio absoluto contra suas agressões são as únicas coisas capazes de incomodar estas mentes doentias. Para pessoas assim, não conseguir desestruturar o outro significa ser invisível; não ter importância. Significa retirar-lhes o posto no centro das atenções, o que para elas se traduz em rejeição e, você precisa saber, rejeição é agressão demais para experts em agredir e rejeitar.
Elabore um plano de saída sem alardear. Quando estiver tudo pronto, corte todo o contato, arranque-lhes de vez a platéia...a massa de manobra.
Use esse conhecimento para lidar com essas pessoas e verá o tamanho do poder que você tem.
“EU SÓ ESTAVA BRINCANDO!
A pessoa perversa, sugadora, vampiro psico-afetivo tem o hábito de dizer coisas duras, depreciativas, com o objetivo doentio de machucar para, logo em seguida, dizer que estava "brincando". Se o alvo de suas “brincadeiras” se mostra incomodado e reage exigindo respeito, se desculpa e imediatamente diz:
“Ok, não brinco mais com você.” “Você não tem senso de humor?” “Nossa, tudo que se diz a você, te ofende. Você é sensível demais!”
Invertem as situações com tamanha maestria, que a pessoa acaba por se se sentir “exagerada”. Inculcam no outro uma culpa insuportável por ter tentado estabelecer um limite pessoal. A propósito, narcisistas, apesar de não respeitar o espaço dos outros, cuida muito bem de seu espaço pessoal. Você que não ouse adentrá-lo com uma “brincadeira” que possa ferir seu ego frágil...
Esse limite imposto à pessoa perversa acende sua ira, vez que ela não reconhece limites pessoais; entra e sai do espeço privado das pessoas que lhe querem bem, como se todos fossem um terreno baldio; uma casa abandonada na qual se pode entra e sair a seu bel prazer; uma sua extensão narcísica.
Por trás daquele “Desculpe, eu não brinco mais!”, há uma ira sufocada, um vulcão em erupção; um desejo violento de se vingar daquele que ousou dizer: “Isso eu não vou tolerar.”. Sua desculpa que, à primeira vista é sincera, pois demonstra uma certa timidez e constrangimento diante de sua reação, na verdade vem carregada de:
“De agora em diante, se você “não entende minhas brincadeiras”, vou ser frio com você, vou ignorar você, vou punir você, vou me vitimizar para você, até você se contorcer de culpa e sentimentos de rejeição e implorar para que eu brinque de novo”.
A pessoa perversa sabe que para a pessoa "apaixonada" (leia-se dependente) essa frieza e indiferença anunciadas são uma ameaça que a fará recuar rapidamente, passando a aceitar todo tipo de abuso verbal como brincadeira, aumentando a cada dia o seu limite do tolerável, até anestesiar-se por completo e não perceber mais cada humilhação e agressão.
Importante lembrar que esse tipo de conduta pode vir de amigos, colegas, irmãos, filhos ou pais. Pode ser que não sejam perversos, que seja apenas uma característica ruim da pessoa. Seja como for, não tolere e não se desculpe por não aceitar a agressão. Ao tolerar agressão em troca de amor, receberá mais agressão e perderá o autorrespeito.
É preciso conscientizar-se para enxergar abuso verbal como violência que é. Brincadeiras nos fazem rir, não machucam, não depreciam, não humilham, não minam a autoestima. Não se autossabote, criando desculpas para quem lhe agride. Quem brinca de machucar você, leva a sério o objetivo de matar sua identidade.”
- Lucy Rocha
fiquem espertos...há milhares desses tipos por aí!
beijos e carinho, bell