Não vai, não sai, enrosca ...
Não volta, não desce, entala ...
Tem gente que acredita que o melhor é falar... Mas falando às vezes a gente se arrepende pois machucamos quem amamos sem querer. Se as palavras saírem de dentro de você com raiva, com ódio, com irritação, com mágoa, serão palavras improdutivas e dilacerantes na alma do outro.
Tem aqueles que pensam que o melhor é se calar... Mas calando somos obrigados a engolir tudo aquilo que tal qual veneno vai agir contra nós mesmos, provocando em nosso corpo e em nossa alma um acúmulo de sentimentos ruins que serão transformados em doenças e dores infligindo sofrimento a nós mesmos.
O que fazer então?
Existem coisas que não precisam ser faladas, nem tão pouco engolidas, devem apenas ser modificadas.
O nó na garganta vai existir durante o tempo que você precisa para repensar sua atitude e reavaliar o que precisa ser feito. Se você usar esse tempo para refletir, ponderar e observar, sem alimentar a si mesmo de sentimentos nocivos, perceberá que aos poucos o nó irá se diluir. À medida que você se acalmar, pacificar seu mundo interior e buscar alternativas perceberá que pouco a pouco aquele nó vai se desfazendo até desaparecer.
É bem provável que quando esse nó sumir você já terá encontrado uma resposta mais positiva para o problema que te afligia e então será possível falar tudo aquilo que você gostaria, mas de uma maneira diferente, mais sensata e coesa, despido de ódio, de orgulho, de raiva, de forma que sua palavra possa ser como semente lançada em solo fértil capaz de produzir o efeito que você buscava.
E se por acaso você ainda não tiver essa resposta, perceberá que a leveza de estado no qual se encontra te proporcionará a serenidade necessária para buscar essa resposta com mais otimismo e perseverança te levando assim a um resultando mais produtivo e eficiente.
Portanto quando um nó se fizer dentro de você, não tenha pressa de colocar isso para fora, nem se esforce para retê-lo, use esse tempo extra a seu favor para descobrir o que é necessário para desfazê-lo de uma vez por todas.
( Maisa Baria )