or REGINA RACCO
Conquistar é fácil, mais que fácil, facílimo, porque ao conquistar contamos com o elemento “novidade”. Facilmente encantamos e nos encantamos, a atração é grande, afinal, desejamos e somos desejadas. E deixando a modéstia de lado, já nascemos apetrechadas com tudo que necessitamos para a conquista. Olhos, pele, cabelo, cheiro, dengo... Armas infalíveis que envolvem e fascinam. E melhor: Sem que ele se dê conta, achando que foi o grande conquistador!
Já a reconquista... Ah, a reconquista. Essa é mais difícil, requer manha, jogo de cintura, sensibilidade... Acontece que diferente da guerra, a conquista amorosa requer alimentação diária. E é neste ponto que a maioria dos amantes erram. Seguros, já não alimentam mais o sentimento. Abandonam o outro à própria sorte, ou falta desta...
A intimidade cai em ritmo vertiginoso, quando não alimentada. Passamos facilmente de amantes fervorosos a meros conhecidos habitando a própria casa. Isso quando não nos transformamos em inimigos, entrincheirados cada qual em seu próprio espaço, mental e físico.
Já falei em várias ocasiões sobre esse assunto. Essa matéria é apenas mais uma tentativa de despertá-los para o que de fato é necessidade em um relacionamento, ou seja, a presença efetiva, a atenção e o carinho. Se isso falha, o resto falhará junto, é inevitável.
Mas, embora não tão fácil quanto a conquista, a reconquista é possível, se de fato você deseja. Já conheci casais que sequer se beijavam no dia a dia. Porque é exatamente assim que acontece, faltando o alimento o amor acaba, e com ele toda e qualquer intimidade.
Quem deseja reconquistar tem que ter paciência, o processo pode ser lento, às vezes sofrido. Mas vale a pena! Isso porque, por maior que tenha sido a fogueira, mais brasas se encontram embaixo desse montão de cinzas. E são elas que reacenderão a chama que nunca deveria ter apagado. E cá entre nós: Se conquistar nos deixa aquele gostinho de poder, imagine a reconquista!
Essa é uma satisfação a mais na hora de somar todos os benefícios do resgate da relação. Afinal, já se amaram, se entenderam, foi gostoso e muitas lembranças ainda estão bem nítidas. Claro que existe alguma mágoa, mas se há de um lado, haverá também do outro. Esquecer e perdoar é a primeira atitude.
Esse resgate deve ter sabor de recomeço. Vocês devem pemeirar tudo e deixe passar apenas o que foi bom. Dores e raiva, por exemplo, esses sentimento devem ir para o lixo, ou de outra forma, o esforço será em vão.