S@pphire

Somos a personalidade formada pela continuidade de nossos atos, passamos uma imagem que os outros talvez busquem do que seria a perfeição do ser humano, muito embora estamos muito longe disto.
Somos a concretização dos acontecimentos passados que se renovam no futuro, erguemos uma muralha para que outros não ultrapassem nosso limite, por medo talvez que descubram quem realmente somos, nos fechamos em um casulo sem data certa para desabrochar, é o nosso mundo, nosso espaço, nosso ego e poucos conseguem decifrar os mistérios do nosso infinito “EU”.
Mas por um instante, apenas por um instante deixe cair esta muralha, ninguém consegue ser tão sólido por toda vida, e as vezes precisamos nos despir de nós mesmos, baixar um pouco a guarda para que as pessoas tenham acesso a nossa área. Então se permita ser questionado, criticado, ou até mesmo ignorado, mas que você esteja ali no momento que alguém consiga ultrapassar esta muralha, apenas por um instante!!
Alguém precisa saber quem és de verdade...

E como sabemos qual o caminho a seguir? Como adivinhamos que aquilo que se nos apresenta quando abrimos uma porta é melhor do que o que temos de deixar quando fechamos outra? Como descortinamos se a vida morna que levamos pode ter em seguimento uma apoteose fantástica?

Não sabemos, não adivinhamos, não nos é permitido ir ali dar um pulo ao futuro e descobrir como pode vir a ser. Ou a não ser...

Aquilo que eu sei é que se queremos espreitar por uma nova porta entreaberta é porque o caminho que temos seguido não nos satisfaz em pleno. Pode até nem ser mau, mas não é, com toda a certeza, brilhante! Não nos tira o fôlego. Não brilha nos olhos. Não nos preenche. Não retira o melhor de nós. Deixa-nos num assim-assim (des)confortável.