O problema é que eu não faço sexo, eu construo amor. Não me deito pelo carnal, e sim por prazer. Gozo olho no olho. Tremo de tesão por alma nua. Amo gemer da boca pra dentro. A minha pele tem que gritar por calafrios, enquanto tudo dentro de mim faz calor. O meu corpo tem que apanhar de carinhos, ao ponto de me deixar com marcas de quero mais. Gosto de arrancar o relógio e esquecer o tempo. E se for para bater boca, que as línguas entrem na briga também. Tenho que transpirar satisfação, e jamais cansaço. Preciso ir ao céu enquanto meus pés se enrolam ao lençol. Só dou ouvidos para silenciosos beijos na nuca, e pelas minhas costas, eu só aceito massagem. E assim sou eu: um zíper aberto desabotoado pelo avesso, com intuito de encontrar alguém que vista os meus defeitos e me aceite do jeito que eu sou.