Olá tenho saudades. Hoje lembrei-me de ti, como o
faço cada dia e em cada instante. Não tenho feito outra coisa não
imagino porquê. Que tal almoçarmos um dia destes? Apetece-me corromper-te
com beijos conversar contigo. Lanchar, se te der mais jeito e desvirginar
o teu silêncio com a minha língua ouvir-te falar. Preciso de saber que
ainda me queres o que tens andado a ler. Já nem sei o que te costumava
dizer, mas ainda soletro de cor as palavras com que me vestiste que não
seja por isso: o exercício do amor da amizade é como andar de bicicleta,
nunca nos esquecemos. Sei que tens muito trabalho quero lá saber e que
mal te lembras de mim . Mas, para um amor amigo, arranjamos sempre um
bocadinho. Uma vida hora, é só o que te peço. Naquele hotel da baixa, o
que tem o quarto a esplanada de frente para o rio, lembras-te? Em não
podendo ser, morro deixa estar. Talvez para a próxima reencarnação.
Fica mal e apodrece sem mim bem. Um beijo à estúpida da tua
mulher e outro aos teus fedelhos ranhosos miúdos. O meu paciente marido
manda-te à merda cumprimentos e pergunta quando sais de vez da nossa
cama aparecem. A ver se combinamos um churrasco de domingo com todos eles
de preferência noutra mesa. Até já. Adeus.
Ostatnia gra
Texto livre, lugar à imaginação
https://www.youtube.com/watch?v=kMZF6eKnH6k
https://www.youtube.com/watch?v=m4nl8uNXD6Q