✩bell
psiuu...entre a poesia e a loucura... ***
psiuu... e por falar em amor... ***
psiuu...o café e eu... ***
o cafezinho é minha pausa, minha válvula de escape pra fugir,
o ritual de passar o café no coador, como fazia minha avó, mantenho até hoje, tenho uma máquina de café de cápsulas, um belo enfeite na cozinha, mas aquecer a água, coar o café e sentir o cheiro que invade a cozinha e meus pensamentos, é imperdível! o cheiro me faz sentir saudades e satisfações, é a hora que consigo me desligar de tudo e a cada gole ir sentindo...sentindo um desacelerar das ansiedades e preocupações, é a hora que meu pretinho e eu nos damos um tempo....às vezes um tempo infinito pra aquele momento...saborear um bom café é uma declaração de amor a nós mesmos...
“De todos os chamados que a cozinha me faz, a hora do café quentinho, exalando cheiro de pausa e cuidado, é a que mais me atrai. Herança da minha infância, do tempo em que acompanhava minha tia nos afazeres de casa e no cuidado com quatro homens que dependiam tanto dela. A hora do lanche, com pão molhado no café fumegante, era o tempo que ela conseguia olhar para si mesma e respirar. Era ali, naqueles instantes diante da mesa posta com bolo de farinha e ovos, pão francês e café cheiroso que ela desconstruía a mãe enérgica, a esposa generosa e a dona de casa prestativa. Era ali que eu, atenta em minha meninice, aprendia a cuidar mais de mim.
Eu gostava do sabor e do ritual, mas o que me dava mais alegria era ver aquela mulher se despindo da pressa rotineira e curtindo a própria companhia. Em sua simplicidade, ela me ensinava a buscar momentos de calmaria e consolo no meio do caos diário.
O ato de sentar-se à mesa para saborear um bom café é uma declaração de amor que fazemos a nós mesmos. É uma forma de nos acariciarmos e aprovarmos a nossa própria companhia, sem precisar de mais ninguém.
Preste atenção à sua volta. Estão todos tão ocupados, tão distantes de si mesmos, correndo tanto, exercendo papéis demais, cumprindo prazos e exigências demais… e pouco respeitando a si mesmos. É hora de colocar a toalha na mesa e servir um bom café. Hora de partir o pão com a mão e mergulhar nos vapores da xícara acolhedora. Hora de respirar fundo e mastigar devagar. Hora de perceber a urgência de desconstruir-se para enfim ser mais feliz.
A vida necessita de pausas. De momentos em que o bule cheio de café fresquinho nos convida a sentar e enfim desacelerar. De ocasiões em que é necessário colocar uma toalha bordada na mesa e convidar a nós mesmos para o chá. De porcelana bonita nos chamando para jantar. De sobremesa simples adoçando nosso paladar.
É preciso aprender a se gostar. Aprender a descosturar as bainhas que nos atam ao que é supérfluo e costurar novos remendos, que nos autorizam uma existência de respeito e amor-próprio.
Já não cabem mais desculpas. A água na fervura anuncia que é hora de coar o café. As nuvens escuras apressam a retirada das roupas no varal. E o cansaço pelo descuido consigo mesmo diz que é hora de desacelerar e se desconstruir.
É momento de acenar em despedida àquilo que nos ensinaram que era primordial mas nem sempre nos agrada. Ao excesso de zelo, à vontade de controlar tudo, à ansiedade de dar conta de todas as funções. Ninguém nos contou que não é possível agradar a todos, e nessa busca incansável pela perfeição, nos perdemos de nós mesmos.
É chegada a hora de retornar. De tornar possível o amparo às incompletudes, insignificâncias e imperfeições. De aceitar os próprios limites e afrouxar a competência. De sentar-se à mesa e servir-se com carinho um bom café. De pausar a tarde, os pensamentos, cobranças e exigências. De enfim perceber que a vida pode ser contada de uma forma mais simples, mais silenciosa e bem mais amorosa…”
(Saborear um bom café é uma declaração de amor a nós mesmos - Fabíola Simões)
beijos e carinho, bell
psiuu...quem sabe um dia... ***
Mário Quintana
quem sabe um dia...
beijos e carinhos, bell
" se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe,
bem no fundo, que foram feitas para um dia dar certo... "
caio f.